quarta-feira, 13 de abril de 2022

DEUS - COMO ELE NASCEU

 LOPES, Reinaldo José. Deus - Como Ele Nasceu. Editora Abril, 2015. (245 páginas)


- Este não é um livro modesto. A ideia é investigar as origens da figura de Deus, das raízes evolutivas das crenças religiosas.

- Para usar o simpático jargão da filosofia da ciência: a "hipótese Deus" não é "falseável", e por assim dizer comprovável. Ou seja, não tem como ser comprovada por experimentos que demonstrem conclusivamente a existência ou não de um Ser Superior, pois na filosofia religiosa, Ele é inefável, isto é, só vai se manifestar quando, onde e como quiser.

- Muito provavelmente somos o único animal a acreditar em deuses ou seres sobrenaturais. Observações naturais indicam que alguns chimpanzés já foram vistos passando a noite em claro ao lado do corpo de um companheiro falecido. Situações como esta, no entanto, de um animal velando um corpo, não costumam afetar o comportamento destes animais após estas situações pontuais. Nunca nenhum deles enterrou seus mortos ou levou oferendas a eles.

- Há indícios de que antes dos Homo Sapiens, alguns Neandertais já enterravam seus mortos.

- O que a Teoria da Evolução, a Psicologia Experimental, a Arqueologia, e a Crítica Textual já descobriram a cerca das origens do conceito de Deus?

- Acredita-se que um dos pré-requisitos para o desenvolvimento de algum tipo de religiosidade seja a capacidade de pensamentos simbólicos, a capacidade de enxergar significado nas coisas além da utilidade imediata destas. Um possível indício de pensamento simbólico nos antepassados humanos é o desenvolvimento da arte, a tentativa do uso de elementos materiais para criar algo com significado estético.

- Há indícios do surgimento de pensamentos simbólicos nos Homo Sapiens há 100 mil anos, com desenhos toscos em pedras, e elaboração de colares de conchas. A partir de 40 mil anos atrás, há uma explosão de manifestações simbólicas, quando as paredes das cavernas na Europa se tornaram grandes galerias de arte. Várias das criaturas que aparecem pintadas nestas paredes, assim como elaboradas em estátuas de marfim, são seres que misturam partes de corpos de homens e de outros animais.

- Todas as sociedades do planeta possuem linguagem falada e religião, mas nem todas inventaram alfabetos ou a física nuclear. Bebês não nascem sabendo nada disto, eles aprendem tudo como esponjas cognitivas. E o grau de capacidade de aprendizado destas esponjas cognitivas varia de acordo à "inteligência coletiva" das sociedades humanas às quais e se está imerso e com as quais se têm contato.

- A detecção quase compulsiva de enxergar agentes invisíveis e sobrenaturais se soma à tendência de enxergar propósito e intenção em tudo que acontece no mundo ao nosso redor.

- O Homo Sapiens é uma criatura intensamente social, que tem uma tendência a buscar relacionamentos mais ou menos equilibrados e justos. Daí uma tendência natural por entidades sobrenaturais, que são concebidas com um interesse especial em fazer a justiça.

- Um levantamento feito pelo antropólogo Christopher Boehm, da Universidade do Sul da Califórnia, examinou as crenças religiosas de 18 sociedades de caçadores-coletores, apenas 4 delas adoravam deuses que proibiam enganar aos outros, e só 7 possuíam deidades que condenavam os assassinatos. Num estudo parecido, o sociólogo Rodney Stark, da Universidade Baylor, examinou um banco de dados sobre religiões de 400 culturas pré-industriais, incluindo caçadores-coletores, agricultores e criadores de gado, e só um quarto delas reverenciava deuses que se interessavam por assuntos humanos e pregavam o comportamento moralmente ético. A probabilidade de conceber deuses poderosos aumenta quanto maior e mais complexos são os grupos humanos.

- O surgimento de deuses superpoderosos é um caso clássico de evolução cultural convergente, ou seja, do aparecimento de características muito parecidas de forma independente em diferentes lugares e épocas. E uma correlação estatística comprovada é que o surgimento de deuses superpoderosos teve alta relação com sociedades que sofreram de falta de água, sociedades que precisavam de uma coesão social acima do normal para continuar funcionando.

- O surgimento do monoteísmo tem alta relação com a geração de coesão social e com sociedades mais aguerridas do que as demais, em termos de serem unidas com o propósito da guerra e da conquista.

- Os antigos israelitas eram seguidores do deus Yahweh (nome aportuguesado para Javé). O livro sagrado deste povo foi escrito por volta de 500 a.C.. Este foi o desabrochar do verdadeiro monoteísmo na história humana. Este povo acabou lentamente passando a ser conhecido como judeus, e sua religião como o Judaísmo, por causa da tribo israelita que predominava entre eles, a de Judá.

- Por volta de 1.800 a.C., um chefe tribal chamado Abraão, de origem mesopotâmica, atende a um chamado da divindade chamada Yahweh, e deixa a região de Harã, onde hoje está a fronteira entre a Turquia e a Síria, e parte para encontrar a terra prometida chamada Canaã, encontrada onde hoje estão Israel e Palestina. Yahweh lhe promete que nestas terras, seus filhos, netos e bisnetos darão origem a um povo mais numeroso do que todas as estrelas do céu, e do que todos os grãos de areia da praia.

- Durante séculos, grupos seminômades de regiões vizinhas ao Egito costumavam aparecer nas fronteiras do abastado império faraônico, frutífero por conta das águas do rio Nilo, pedindo para serem recebidos em tempos de seca e de fome.

- Abraão e Sara tiveram um filho, Isaac, e o neto Jacó. Todos acabaram escravizados no Egito. Os descendentes de Jacó acabam se libertando dos egípcios pela interferência de Yahweh manifestada para o profeta Moisés. Eles se libertam e migram em direção a Canaã, Moisés morre antes da chegada ao seu destino e sua liderança é substituída pela do general Josué, que invade e conquista Canaã a aí organiza as 12 tribos israelitas, cada uma comandada por um dos 12 filhos de Jacó, bisnetos de Abraão.

- Em 1.208 a.C., a estela (bloco vertical de pedra) de Merneptah, filho do faraó Ramsés II, traz o registro histórico mais antigo já encontrado pela arqueologia a fazer menção à terra de Israel, associando-a a um grupo tribal que vivia em algum lugar na terra de Canaã, e mencionando que os egípcios teriam transformado a região num deserto, pois suas sementes haviam sido destruídas e não mais existiriam (menção provavelmente a terem destruído suas plantações, não exterminado ao povo, cujas menções costumavam ser bem detalhadas quando era o caso).

- Segundo a Bíblia Hebraica (Antigo Testamento), Josué conquistou Jericó, em Canaã, vencendo suas muralhas, matando seus habitantes e conquistando a cidade (embora não haja qualquer registro arqueológico que tenha sido encontrado comprovando este relato).

- O monoteísmo israelita não nasceu pronto da cabeça de um único reformador religioso, emergiu de forma gradual a partir de um conjunto de antigas crenças da região de Canaã.

- As evidências linguísticas mostram que os idiomas registrados entre 1.200 e 1.000 a.C. na região de Canaã derivam das línguas semíticas norte-ocidentais, sendo a mais famosa o Ugarítico. O hebraico é um dialeto derivado do cananeu, e em suas fases mais antigas é quase impossível ser diferenciado do fenício, que aparece na região pouco depois do ugarítico. Não há qualquer registro de influência da língua egípcia nos registros da língua israelita, o que é uma contra-evidência em relação a um longo período do povo vivendo subjugado no Egito.

- Algumas das camadas mais antigas da tradição bíblica sugerem que o deus dos israelitas (Yahweh) assumiu características divinas de dois dos mais importantes deuses (El e Baal) venerados pelos pagãos cananeus.

- No tempo no qual as 12 tribos viviam separadas, o Antigo Testamento narra que: "Naqueles dias não havia rei em Israel, e cada homem fazia o que queria e lhe parecia o mais certo a seus próprios olhos". É um conceito de justificativa a uma monarquia bastante similar ao da narrativa de caçadores-coletores que vieram a ser colonizados milênios depois, e que exaltavam o governo por haver gerado a paz.

- O primeiro rei israelita ungido pelo profeta Samuel foi Saul, da tribo de Benjamin. Ele, no entanto, fracassou no combate às invasões dos filisteus. Até que o pastor de ovelhas David, de Belém, da tribo de Judá, vence o gigante Golias, derrotando aos filisteus, e sendo declarado o novo rei. Mas antes, ele é obrigado a escapar da ira de Saul, que tenta matá-lo. David vem a governar por décadas e se torna um modelo para todos os governantes de Israel. Mas é com seu filho e sucessor, Salomão, que o reino alcançou seu auge e apogeu, um reinado descrito como de dimensões faraônicas (ainda que tampouco haja evidências arqueológicas comprovante este gigantismo imperial).

- No mundo antigo de israelitas, babilônios, assírios, fenícios e persas, não existia uma palavra específica para designar o conceito de religião, porque a vida religiosa simplesmente estava integrada ao cotidiano de todos. Tudo tinha dimensão religiosa e era inseparável do aspecto laico.

- Um dos papéis originais da religião foi construir deidades guerreiras, tanto que um epíteto muito comum no Antigo Testamento é o de "Senhor dos Exércitos". e a narrativa da vitória de David, um pastor adolescente, sobre o gigante guerreiro Golias ajuda a construir a ideia de que Yahweh é capaz de fazer seus escolhidos triunfarem em combate, independentemente do quão improvável seja o triunfo. Esta é a base da teologia monárquica. Ao mesmo tempo em que é a base de sua aceitação popular, alimentando o mito da vitória dos mais fracos e vulneráveis sobe os mais fortes e poderosos.

- As origens monoteístas também tem forte ligação com conceitos nacionalistas de proteção ao povo. Por exemplo, a estela de Mesa, rei de Moab, feita por volta de 840 a.C., na qual o monarca exalta seu deus, Camós, e se vangloria da conquista de uma das cidades de Israel, citando o "deus deles" Yahweh. Invertendo o padrão de narrativa do Êxodo, livro do Antigo Testamento, Mesa afirma que os moabitas estavam sendo oprimidos pelos israelitas, o que enfureceu Camós, que inspirou então o rei de Moab a contra-atacar, destruindo e matando todos os 7 mil habitantes da cidade conquistada. O livro "Juízes", do Antigo Testamento, também cita Camós, mas não como deus dos moabitas mas sim dos amonitas: "Não possuís tudo o que teu deus Camós te deu? Do mesmo modo, tudo o que Yahweh, o nosso deus, tomou dos seus possuidores, nós o possuímos".

- As monarquias israelitas estavam longe de ser tão totalitárias quanto os impérios da Mesopotâmia e do Egito, lugares muito mais ricos e cosmopolitas do que Israel, e onde os reis controlavam cada espectro cotidiano do povo, com pesados tributos para sustentar os templos, os pastores e os rebanhos do rei. Os monarcas de Israel e Judá nunca chegaram a este nível de interferência na vida da população.

- Com a queda da Assíria, um novo império emergiu no Oriente Médio, a Babilônia.

- Em 587 a.C., o rei babilônio Nabucodonosor e seu exército tomaram e destruíram Jerusalém, incluindo o Templo de Yahweh, e forçaram os judeus a migrarem exilados para viverem na Babilônia.

- O evento que definiu a personalidade, as funções e a abrangência cósmica de um Deus único, solidificando o monoteísmo em Israel, foi a destruição de Jerusalém e das cidades de Judá. O povo, sem Estado e autonomia política, paradoxalmente, passou a conceber sua divindade como o superpoderoso imperador inconteste do universo, reparador de todas as injustiças.

- A estrutura do Antigo Testamento começou a se delinear para valer durante o exílio babilônico e no período que o seguiu. A hipótese documentária é a mais aceita para a composição do Pentateuco, ou Torá, o conjunto dos 5 primeiros livros da Tanakh (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). Depois destes livros se segue a coleção de livros "históricos", os livros de Josué, Juízes, Samuel, e Reis.

- Os textos religiosos da Mesopotâmia ou da Grécia Antiga estão cheios de frases de efeito de que Marduk ou Zeus protegem os desafortunados e punem os malfeitores. A diferença foi que o Monoteísmo Israelita transformou este tipo de exigência no centro da religião.

- 535 a.C.: o Império Persa derrota o Império Babilônio, e os israelitas regressam do exílio, quando são imediatamente lançadas as pedras de fundação do 2º Templo de Jerusalém.

- A partir de 330 a.C., os persas são derrotados pelo exército macedônio de Alexandre, o Grande, que tem o propósito de espalhar a cultura e a influência grega por todas as terras por ele conquistadas. Muitos judeus passam então a ser influenciados pela cultura grega, e o próprio Antigo Testamento é traduzido para o grego.

- A influência grega perdurará por séculos, e fará surgir a literatura apocalíptica na Bíblia Hebraica, quando os opressores terão seu justo castigo e aqueles que morrerem defendendo a verdadeira fé ressuscitarão e viverão para sempre num mundo no qual o mal deixará de existir.

- A Dinastia dos Asmoneus (gregos) só termina em 37 a.C. por uma aliança entre o aristocrata judeu Heródes e o Império Romano.

- Jesus teria nascido em Nazaré, e lá crescido num vilarejo de 200 almas na zona rural da Galileia tão insignificante, que nem chegou a ter sido mencionado no Antigo Testamento ou em qualquer outro texto judaico não cristão (a hipótese do nascimento em Belém seria uma forma forjada de conciliação entre seu nascimento e as profecias associadas à Dinastia do Rei David).

- Jesus nasceu judeu, e viveu como judeu.

- O único historiador judeu ativo durante o Século I d.C. no território da Palestina - a única fonte secular não religiosa a respeito do que se passava na região nessa época - foi um membro da aristocracia de Jerusalém chamado Flávio Josefo (37 d.C. a 100 d.C.), ou José, filho de Matias. Ele foi um dos generais da rebelião de judeus contra o domínio de Roma ocorrida em 66 d.C.. Ele produziu os textos "A Guerra dos Judeus" e "Antiguidades Judaicas", ambos sobre a história de seu povo.

- Escreveu Josefo: "Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio. Pois ele foi o autor de feitos surpreendentes, um mestre de pessoas que recebeu a verdade com prazer. E ele ganhou seguidores tanto entre judeus quanto entre muitos de origem grega. E quando Pilatos, por causa de uma acusação feita por nossos homens mais proeminentes, condenou-o à cruz, aqueles que o haviam amado antes não deixaram de amá-lo. E até hoje a tribo dos cristãos, que deve esse nome a ele, não desapareceu".

- A palavra Cristo é a tradução grega do termo hebraico Messias, que significa Ungido.

- O historiador romano Tácito (56 d.C. a 118 d.C.) assim mencionou em seus registros: "Para fazer calar o rumor (de que teria sido o mandante do incêndio em Roma), Nero criou bodes expiatórios e submeteu a torturas das mais refinadas aqueles que o povo chamava de cristãos., um grupo odiado por seus crimes abomináveis. Seu nome deriva de Cristo, que durante o reinado de Tibério tinha sido executado pelo procurador Pôncio Pilatos. Sufocada por um tempo, esta superstição irrompeu novamente, não apenas na Judéia, terra onde se originou este mal, mas também na cidade de Roma, onde todos os tipos de práticas horrendas e infames de todas as partes do mundo se concentram e são fervorosamente cultivadas".

- Estas são as duas únicas fontes históricas não cristãs que mencionaram Jesus de Nazaré. 

- Os escritos do apóstolo Paulo são o mais antigo testemunho escrito sobre a figura de Jesus. Suas primeiras cartas, preservadas no Novo Testamento, datam do começo da década de 50 d.C.. Ele menciona pouco do que Jesus fez e disse durante sua vida, e concentra-se em duas coisas: a crucificação e a ressurreição de Jesus.

- Textos bíblicos escritos até o fim do Século I d.C.: os 4 Evangelhos Canônicos, os Atos dos Apóstolos (escrito pela mesma pessoa que a tradição cristã conhece como sendo o evangelista Lucas), e as cartas atribuídas a Paulo. E talvez um texto apócrifo (evangelho não canônico): o Evangelho de Tomé.

- Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são apelidados de Sinópticos, porque parece tratar-se de três relatos paralelos sobre a vida de Jesus, às vezes com passagens quase idênticas entre si. O Evangelho de João expõe ideias em longos monólogos teológicos que não aparecem em outros trechos da Bíblia, e é muito mais abundante na descrição de milagres realizados por Jesus.

- O Evangelho de Marcos foi escrito primeiro, e está repleto de passagens em aramaico, a língua nativa que falava Jesus. Os Evangelhos de Mateus e Lucas usaram o de Marcos como fonte, e foram escritos todos eles em grego, assim como todo o restante do Novo Testamento.

- Os Evangelhos de Mateus e Lucas tem trechos em comum muito parecidos, e não citados por Marcos, que indicariam uma fonte comum nunca encontrada, chamada de "fonte Q" ("q" é a primeira letra da palavra fonte em alemão). Estas fontes em comum envolvem basicamente falas e não narrativas, levando à hipótese de que a "Fonte Q" se assemelharia mais ao Evangelho Apócrifo de Tomé, que é um conjunto de citações, sem narrativas.

- Somente no Evangelho de João aparecem citações de Jesus nas quais há sinais de que se considerasse igual ao próprio Deus. Nos Evangelhos Sinópticos não há tais citações.

- A Última Ceia é citada tanto nos três Evangelhos Sinópticos quanto nas Cartas de Paulo.

- As Cartas de Paulo foram escritas entre 50 e 61 d.C., e o Evangelho de Marcos entre 65 e 70 d.C.. Os Evangelhos de Mateus e Lucas teriam sido escritos por volta do ano 80 d.C. e o Evangelho de João por volta do ano 90 d.C..

- A escolha de 12 apóstolos é simbólica, e está associada à tradição das 12 Tribos de Israel.

- Livro da Sabedoria de Salomão: A sabedoria é eflúvio do poder de Deus, uma emanação puríssima da glória do Onipotente, ela é reflexo da luz eterna, espelho nítido da atividade de Deus".

- Pouco a pouco a crença no Messias crucificado foi deixando de ser uma seita na Palestina, cujos principais membros eram galileus pobres e sem instrução, e começou a conquistar adeptos entre os artesãos e a classe média das cidades de língua grega do Império Romano, com influências da escola de pensamento que surgiu com as obras do filósofo ateniense Platão (424 a.C. a 348 a.C.), legado filosófico que envolve um certo "monoteísmo pagão", com uma inteligência suprema estando por trás de toda a ordem do universo.

- A corrente principal de fé no "Deus único" está junto, ao lado, dos pequenos e dos que sofreram e sofrem injustiças, porque Yahweh, Jesus e Alá nasceram da esperança dos oprimidos.


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